domingo, 23 de maio de 2010

Ode to my Family

Estava recordando de quando ia dormir na casa da minha irmã, aquele porcelanato gelado era gostoso para refrescar aquele calor absurdo de Brasília. O strogonoff divino de carne feito pela Alê era uma coisa dos sonhos, tentei fazer um dia aqui em casa, não chegou nem perto. O que é uma pena.
Eu dormia junto com a Maria Eduarda, e ve-la dormir é um passatempo saudável, aquele rosto branco com bochechas rosadas, tão doce, tão carinhosa e tão levada!
Como de praxe, durante a madrugada eu ia na cozinha comer um biscoito para voltar a dormir de barriga cheia, e lá estavam os armários abertos, e meia banana na pia. Desde que conheço minha irmã, ela insiste em fazer isso e nunca vai mudar. Ainda bem.
Ed, grande Ed. Esse sim é um cachorro humano, ele não precisava latir para que eu pudesse entender tais necessidades, e que olhar expressivo meu filhote tem.
Lembro que no dia que ia me mudar, ele simplesmente pegou meu tênis e deitou em cima dele. Quando ele percebeu que eu estava chorando, levantou-se e enconstou o focinho em minha perna, depois pediu colo.
O dia em que passamos na casa do Fernando colhendo amoras, foi eu, mamãe, Maria, Dindinha e o safado do Ed. Foram três baldes cheios. Desejei que alguém tirasse uma foto daquele momento pois daria um belo retrato. Após colhermos, lavamos as frutinhas azedas e fizemos um suco. Eu e minha sobrinha lambuzamos nossa boca de amora, e nossas mãos acabaram ficando manchadas.
Aprendi a dirigir ilegalmente com o Fernando, era todo domingo na área isolada do Lago Sul. Deixei o carro morrer inúmeras vezes, e para aprender a dar uma ré decente, foram uns três domingos. Hoje eu não tenho coragem de pegar o carro aqui em Belo Horizonte, é bem capaz que eu bate no meio fio. Mas sabe, dirigir é muito bom, só que fui mal acostumada por causa do lugar. Azar.
Sinto falta da minha mãe mandando eu lavar a louça, e muita das vezes era apenas um copo. Antes eu achava pura neura, mas agora a entendo perfeitamente. Acho que ela sempre achou que eu tivesse facilidade para dormir, porque toda noite ela abria a porta do meu quarto e me cobria, e me encarava com cara de mãe. Eu sempre achei isso uma fofura, e é uma das coisas que mais sinto falta. A gente ficava até tarde assistindo filme, seriados e manhattan conection.
Lembro que quando uma brigava com a outra, ela dizia que não ia fazer mais almoço, e ficava nessa por dois dias, até que no terceiro dia ela estava lá, de frente pro fogão. Saudade tem lá seus pontos positivos.

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