sábado, 16 de junho de 2012

O silêncio do meu olhar

Teus olhos castanhos fitavam os meus a todo instante, a sutileza do seu afago era tão suficiente quanto a vontade do meu eu junto ao seu.
A harmonia da delicadeza entrava pelos cantos, sem medo e cerimônia.
Me surpreendia. 
As curvas da tua boca, tão sutis; inebriavam a minha alma no meu doce calar. 
Senti o quão genuína eu conseguia ser.
Culpe a suavidade de seus olhos, a benevolência do seu ser, a espontaneidade de seus atos, o sorriso cheio de covas, o cabelo com cachos de sono, o pé branco da curva sinuosa, o corpo quente, as pintas distribuídas democraticamente pela tua pele e toda a sua essência. 
Era inevitável gostar de você.