sábado, 24 de abril de 2010

I just don't know what to do with myself.
Oh gosh, I have so many things to do, so many things to think.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Resposta

Hoje está um dia quente, apesar da minha sensação térmica estar gélida.
Faltam poucos dias e é deles que culpo a frieza dentro de mim. Eu acho que é medo.
Ficar sozinha literalmente não é algo que eu saiba lidar, mas está na hora de aprender.
Por hoje é isso, quando tem muita coisa dentro de nós fica difícil extrair...

domingo, 11 de abril de 2010

Tortura Temporaria

Serei direta e sem metáforas.
Não sei o que faço diante dos fatos, está tudo em minhas mãos e tenho dois caminhos a escolher.

Trancar minha faculdade, sair dos mimos e do conforto de minha casa, e mudar de cidade para estudar e morar em uma república. Eu já estaria lá se a minha única preocupação fosse deixar minha mãe sozinha em um apartamento tão grande, é só isso que me preocupa, não quero ve-la triste, e isso está acabando comigo.
Ou
Ficar onde não gosto, mas tenho minha família e continuar minha faculdade ou pagar R$1.300 para estudar no curso que quero.

Por que tudo tem de ser assim? Eu não sei mais o que fazer, o que pensar...não sei o que é o certo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ela

Ela era daquelas meninas que se apaixonavam no primeiro suspiro.
Muitos diziam que era para casar, mas coitada, por volta dos dezoito seria um desperdício.
Tinha uma beleza única, pudica, simples e diziam que ela ainda tinha um mistério. Ela mal sabia disso, mas deveria.
Entregava seus desejos por amor, e para os outros, mesmo não sendo, ela fazia acontecer, era tudo questão de tempo.
O problema maior eram suas expectativas que por sua ingenuidade, todo aquele afeto tornava-se único.
Ela desconhecia das coisas passageiras e não adiantava tentar mudar, porque não há culpa em quem sabe gostar.
Ela esconde o choro, encolhe na cama e questiona: "por que as coisas são assim?"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Terminal

Aquele assento parcialmente confortável não me consolava em nada, encostei minha cabeça na janela e esperei o motor ligar para ter ódio da partida. Tentei me concentrar e ler um pouco de Faulkner, mas não via sentido naquelas palavras. Eu precisava de um cigarro, pensei, mas cigarro não, eu estava tentando parar.

Talvez um copo inteiro de pinga resolveria meu problema, mas devido ao meu enjôo eu vomitaria o chão do ônibus inteiro. Aquele cara ali do meu lado era um intrometido, me encarava de um jeito tão fúnebre. Ou talvez estivesse realmente preocupado, coitado.

O que eu queria era ficar ali pra sempre. Aquele ônibus prestes a partir, aquela chuva que me lembrava que o dia estava acabando mal. Ir embora sempre era a pior parte. Olhava as luzes do lado de fora e pensava: como uma cidade podia brilhar tanto? Queria que tudo se resumisse à mim, assim não haveria lugar para ir. Não haveria mais partidas.

Não poupei lágrimas, e como elas ferviam. Meu corpo não reagia por falta de vontade, mas se eu pudesse desfrutar da minha única vontade eu sairia dali naquele instante. E quer saber? Eu podia sim fumar um cigarro. Que droga, parte de mim sempre morria ao deixar este lugar. Eu queria deixar isso dentro de um cinzeiro e só soprar tudo na chuva lá fora. Depois sairia correndo, porque mesmo sem rumo eu teria um destino.

E quando penso em correr e ficar, o ônibus segue seu rumo, e eu sigo sem destino.

(Hélio compôs o texto também)