é, estranho está, confortante, consciente, em algum ponto, desesperador...
é assim então? quando um pensa, o outro resolve não pensar?
há um dispositivo acoplado entre os seres, é da natureza, certo.
vejo isto nos outros, mas não sou parte de outros, eu me conheço;
supostamente, se é assim, prefiro ser ninguém.
meus arrepios sabem que é tudo parte de um pressentimento.
já não sei se é mais tempo; dói-me esperar.
dentro de mim dissolvem-se coisas incertas, as gotas de chuva pararam há dias, queria ter dançado, deitado na grama úmida e depois rir, de qualquer coisa.
não tenho pressa, nunca tive.
não tem mais explicação, também não quero saber, elas virão..
saudades de atravessar o sinal com o sol cegando-me, atravessá-la me dá vontade de pensar mais.
mas é só uma rua, pela manhã doce daquele sol sedoso.
minha inocente cara estúpida esconde verdades misteriosas, vontades únicas e dúvidas sem respostas.
digo que não tenho mais medo, mas meus olhos não mentem, dizem bem mais do que um corpo inteiro..
provei de minhas lágrimas, tão salgadas, pesadas.
sentei ao lado do hippie que fazia meu colar e ao lado vi um bebê com a mãe, brincando, rindo, estavam tão distante do mundo sujo que tem em volta, eu senti.
fez bem, faria bem a todos se visse.. era encantador, até o vento que soprava fazia sentido.. e depois o pai os abraçou.
e se eu pudesse definir a pureza, eu definira por aquele momento.
não me esqueci que tudo isso ainda existe, e como existe!
é esperança;
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