Ela era daquelas meninas que se apaixonavam no primeiro suspiro.
Muitos diziam que era para casar, mas coitada, por volta dos dezenove seria um desperdício.
Tinha uma beleza pudica e simples, provida de um mistério. Ela mal sabia disso, mas deveria.
Entregava seus desejos por amor, e para os outros, mesmo não sendo, ela fazia acontecer, era tudo questão de tempo.
O problema maior eram suas expectativas que, por sua ingenuidade, todo aquele afeto tornava-se único.
Ela desconhecia das coisas passageiras e não adiantava tentar mudar, porque não há culpa em quem sabe gostar.
Ela esconde o choro, cobre os pés, encolhe na cama e questiona: "por que as coisas são assim?"
É, Bela, é...