tag:blogger.com,1999:blog-53363356661514212962024-02-19T20:48:26.655-08:00Janela para o azul de cimaIsabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comBlogger103125tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-22098831417863312152013-08-03T00:38:00.003-07:002014-03-25T12:02:45.929-07:00Saudade<a href="http://3.bp.blogspot.com/--8QhG0FRQ4g/UzHQOHuxD1I/AAAAAAAAB2I/Z1CuPtVY2HQ/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/--8QhG0FRQ4g/UzHQOHuxD1I/AAAAAAAAB2I/Z1CuPtVY2HQ/s1600/large.jpg" height="320" width="320" /></a><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Saudade é que nem gato. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18px;">Ela dorme e silencia a dor. Quando a Saudade é boa passa o dia ronronando. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #37404e; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="color: #37404e;"><span style="line-height: 18px;">Saudade deixa rastro. </span></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; line-height: 18px;"><br />O gato come e a saudade consome. E como! E quanto mais come, maior ela fica, pior ela fica. Abre-se ferida.<br />Saudade brinca. Brinca de correr atrás, se enfiar onde não deve e derrubar tudo no chão. A Saudade adora olhar para o além e ali fica. Saudade adora fazer alarde, ainda mais quando é tarde. Antes de dormir a Saudade brinca, porque sem ela não dá pra dormir. Ela mia aquele miado agudo bem forte quando a saudade bate. E aí ela arranha e machuca sem piedade...</span></span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-83832256093683527642013-07-23T22:54:00.000-07:002013-07-25T21:17:02.480-07:00Meu banzo<div style="text-align: left;">
A rua reza a lenda para os meus olhos que um aperto se desdobra,</div>
<div style="text-align: left;">
É uma reza sem fim, digna de uma lua grande à espera de alguém.</div>
<div style="text-align: left;">
Parti sem querer e meu amor lá ficou.</div>
<div style="text-align: left;">
Parti sem querer e esqueci do que sou.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Olhos, meu corpo fita o passado e meu pranto põe-se a cair.</div>
<div style="text-align: left;">
São lamúrias dignas da saudade. Disse a maldade.</div>
<div style="text-align: left;">
Esquece de sorrir, podes partir!</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Meu rosado semblante era riso até distante</div>
<div style="text-align: left;">
Ai, maldade, eu não sou tua, sou crua e nua</div>
<div style="text-align: left;">
E nua sou quem eu bem querer, cansei de sofrer.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Dama da noite perpetua a saudade de casa,</div>
<div style="text-align: left;">
Tão só que não me encontro e perco o sentido de um amor no conto.</div>
<div style="text-align: left;">
Meu amor lá ficou e me restou um conto.</div>
<div style="text-align: left;">
Um conto simples de amor sem um ponto.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Na esquina, o aperto ama lembrança</div>
<div style="text-align: left;">
A liberdade precisa chorar</div>
<div style="text-align: left;">
E minha essência cora </div>
<div style="text-align: left;">
O amor sem ponto também ama</div>
<div style="text-align: left;">
Sem tempo de findar pois não se finda</div>
<div style="text-align: left;">
A pacata saudade quer viver e deixar sua pacatez</div>
<div style="text-align: left;">
Quero viver de amor do tamanho dessas montanhas</div>
<div style="text-align: left;">
Sem insensatez. </div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<br />Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-45751091115456734822013-07-14T22:13:00.002-07:002013-07-14T22:19:05.302-07:00LiberdadeA solidão tão sozinha me encontra na janela do meu quarto. É lá que meus olhos estão, esperando alguma coisa interessante acontecer diante das luzes amarelas lá da rua mórbida que me faz jurar de pé junto, inconscientemente, que nada de interessante vai me acontecer.<br />
Meus ínfimos devaneios ainda me consomem desde a semana passada, acredito eu, que nunca estivera tão confusa em todos esses vinte e um anos, entre decidir qual rumo de vida devo tomar. Meu passado interminado ainda tão inerente à mim confunde meu presente tão cheio de decisões. Tento pensar, mas estou ingessada. Questiono onde a minha abstração e a minha sensibilidade foram parar, mas não obtenho retorno. Às vezes cogito que a deixei lá atrás, bem migalhada, no banco da Praça da Liberdade esperando ser libertada, na Rua da Bahia com a Afonso Pena, esperando o aval para poder andar até meu pé corar de sujo. Pensei, pensei, chorei e mais uma vez pensei; preciso procurar por ela e ela precisa saber que eu a procuro. E sabe, só saio de lá com ela.<br />
Minha poesia quis ficar, despediu-se sem um mísero aviso, acredito que bastante decepcionada com a obrigação que me fizeram. De mim, são só palavras magoadas, carregadas de saudade de quem eu era e da liberdade que o meu corpo carregava e expressava. Eu tinha amor pelas pessoas e era tão grande que elas não precisavam ter o mesmo por mim. Fecho os olhos e me imagino com uma garrafa de vinho na mão, um cachecol da cor da bebida e os lábios também... No momento, me conforta. Está frio e eu bebo para me esquentar, o vinho me dá um baita sono, mas eu estou ali; sentada no banco da minha liberdade, esperando rostos genuínos, apaixonados e familiares passarem. E diante disso, procuro renovar o que fui obrigada a deixar; a minha esperança.Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-58088306827081022432013-05-03T22:09:00.001-07:002013-05-03T22:10:39.470-07:00Aconchego bucólico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-e8j5dYkB8Uk/UYSV3AFFVnI/AAAAAAAABx0/b0gnPEp-pnk/s1600/itaipava.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="http://1.bp.blogspot.com/-e8j5dYkB8Uk/UYSV3AFFVnI/AAAAAAAABx0/b0gnPEp-pnk/s400/itaipava.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Descobri a casa dos meus sonhos, entre as montanhas e a sutil neblina que a cerca, na cidade que desde pequena sonhei morar, conheci o meu amor e decidi; é com ele que vou ficar.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Era uma casa grande, daquelas que você prepara um almoço cheiroso para as pessoas queridas da sua vida num domingo, onde os bichinhos correm soltos e se esfregam na grama até não poder mais, onde tem uma rede para fazer a sesta. E quando a tarde de sol chega, a casa se colore de laranja, daquele solzinho que dá um sono...É aquela casa que durante a noite não se assiste a novela das oito e nenhuma notícia de chacina, e sim se esquenta a água para um café quentinho para terminar de ler um bom livro enquanto o único barulho da casa é o do vento lá fora ou da galinha cantando fora de hora. Não faz mal, galinha, pode cantar que eu adoro te ouvir. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não era só esse mar de rosas, a casa também dava problema. Era um cano ali, um bando de cupim safado tentando ser feliz, a piscina cheia de folha, a minha horta por fazer e as infiltrações do banheiro. Fazia parte do viver, sem esses incômodos não teria tanta graça ter uma casa, até porque ter uma casa é sinônimo de querer cuidar, e querer muito. Não é um apartamento que você abre a porta e está tudo pronto, é uma casa. Uma casa que te acolhe se você acolhê-la também. Apartamento não, você vive trancado, observa a vida dos outros pela janela do quarto, escuta os vizinhos de cima fazendo sexo enquanto estuda, tem horário para fazer barulho, o porteiro sabe de tudo da sua vida e há dez anos que você mora no prédio você mal sabe o nome do seu vizinho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela ficava um pouco longe do centro da cidade, mas valia a pena, assim que eu saía do trabalho, eu passava na padaria do Francisco e comprava quatro pães, presunto, queijo e um bolo de cenoura. Ia para casa as vezes mais cedo e as vezes mais tarde, mas o melhor é quando eu chegava a tempo de ver o sol se pôr. Como é lindo ver aquele laranja fogo queimando o céu, avisando que amanhã ele volta e que no momento ele precisa\iluminar outros cantos e daqui a pouquinho a lua chega. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tinha dia que o frio ficava forte e o vento lá fora cantava bem alto. A neblina das 16h costumava passar diariamente lá em casa enquanto eu preparava os pães de queijo. O gato fica maluco quando ela passa, ele fica observando, miando e de vez em quando ele pula para alcançar. Essa neurose felina é tão humana.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho uma horta, um galo e uma galinha. A noite o galo bate as asas, sai correndo e canta bem alto, e aí nós caimos na gargalhada, porque, de fato, é engraçado todo esse ritual. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu saio para trabalhar cedo e ele também, eu trabalho por aqui e ele tem que descer a serra para ir pro Rio, eu volto mais cedo porque trabalho com a minha cafeteria e ele depende, é de acordo com o trânsito, mas tem dia que ele resolve trabalhar em casa junto com o Freud, o gato fissurado em neblina. Quando chego em casa está o gato em cima do piano dormindo e ele lá fazendo não sei o que com um tanto de fio, partitura e parafernalha na mesa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A gente teve sorte em achar essa casa, fica bem no alto, faz frio, tem um tanto de árvore, tem montanha por todo o canto e quando o céu está limpo parece que a estrela está bem pertinho da gente, a gente apaga as luzes do quintal, estende a manta, pega o cobertor e deita. Como não tem a luz da cidade, dá para enxergar um tantão de estrelas. O Freud folgado deita conosco também e enquanto a novela das oito enche lá o saco de alguém, eu me divirto contemplando as estrelas lá fora com os meus dois amores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu me pergunto por que as pessoas precisam de tanto, de se entupirem de tanta inutilidade, de perderem o tempo escutando desgraça, esquecendo de dar bom dia, de saber o seu nome, de pedir por favor, esquecendo de serem humanas. Acharem que é idiotice contemplar uma pobre estrela no céu, que é perda de tempo fazer tal curso porque não dá dinheiro, que se não for passar em concurso público, não presta qualquer outro ofício, que o que presta mesmo é ser capacho mesmo. Freud diz que não, e se ele diz, eu vou com ele. </div>
Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-83801264952281569482013-02-16T17:36:00.002-08:002013-02-25T21:02:59.901-08:00Cidade mortaDesde 2009 essa fúnebre cidade me persegue, com o seu calor mórbido, suas pessoas frias e desumanas que só se importam com o poder monetário que você carrega. Vim para Brasília com dezessete anos e desde o primeiro momento em que eu soube que viria morar aqui, o pesadelo começou. Um lugar que eu mal conhecia alguém, que tinha uma arquitetura horripilantemente moderna e um calor desgraçado junto com a secura maquiavélica, era o primeiro passo para a minha morte interior.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://brasilimperdivel.tur.br/wp-content/uploads/2011/04/BH-Praca-Liberdade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://brasilimperdivel.tur.br/wp-content/uploads/2011/04/BH-Praca-Liberdade.jpg" width="320" /></a></div>
Abdicar de todas as minhas lembranças de Belo Horizonte, todo o meu amor pela cidade, pelos parques e praças, tão lindas, cheias de histórias de domingo. Da alegria e humildade das pessoas ao te cumprimentarem no ponto de ônibus, dar bom dia ao trocador, ver a cidade cheia de gente indo trabalhar, sem aquela formalidade e preconceito. Todos juntos, todos diferentes, com vidas e cotidianos distintos. As lanchonetes simples e baratas do centro da cidade, daquelas que você paga um real por quatro pães de queijo e um pingado, e é uma delícia. Eu morro de saudade disso. De ir à Praça da Liberdade aos domingos e ver as crianças brincando com os pais, andando de velotrol, aprendendo a andar de bicicleta sem uma rodinha, esperando na fila para poder beber água da fonte... O moço do algodão doce e os hippies vendendo coisas artesanais. Novamente, todo mundo junto. Normal estar todo mundo junto, não? Aqui em Brasília não. As pessoas, desde que moro aqui, percebi a frieza e a falta de hospitalidade presente nessa cidade, a falta da palavra "família" em si, a humildade, simplicidade... Isso é tão estranho aqui, tão estranho e inexistente. Aqui é desumano. Aqui não tem amor, não tem vida, te sugam a vida que você tinha antes de vir pra cá. Te tomam o amor e pureza que você esbanjava tanto antes de morar aqui. Brasília engessa.<br />
Fazer amigos em Brasília é tão difícil quanto ganhar na loteria sem apostar. Sempre tive boas amizades, daquelas de você ir na casa da outra, fazer um bolo, brigadeiro, esquentar o café e assistir a novela das seis. Fazer festa do pijama, alugar um tanto de filme e todo mundo assistir junto. Sair pra beber na Praça da Liberdade até de madrugada e ficar esperando o ônibus passar às 6h da manhã. Pra mim, isso vale muito mais do que todas as amizades que já tive em Brasília. Aqui, se você não sai com a pessoa pra festa, você já não é mais amigo. Não existe amizade, existe interesse. Ônibus? Você anda de ônibus? Mas credo, que nojo, odeio ônibus, ônibus é coisa de pobre. Eu pego ônibus desde que me entendo por gente, desde os meus dez anos de idade, e não sou pobre, e mesmo se fosse, não sei que diferença faria.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhkvEN5tiz1Yqy0IpUwGkQ0bF4FoU5C5cx3j9gfmUBDBrVZF2_a7khp_8cx-jHLuZQ6oSnCNIT6OQxAcUKHNgmyVHJw_Km9qThaEp0YShE6OnUw7vdHwIrPi_s50-NcdH-HnqndELR2G86/s1600/brasilia_foto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhkvEN5tiz1Yqy0IpUwGkQ0bF4FoU5C5cx3j9gfmUBDBrVZF2_a7khp_8cx-jHLuZQ6oSnCNIT6OQxAcUKHNgmyVHJw_Km9qThaEp0YShE6OnUw7vdHwIrPi_s50-NcdH-HnqndELR2G86/s320/brasilia_foto.jpg" width="320" /></a>Não tem muito o que se fazer aqui, se você é uma pessoa caseira, te taxam de chata, depressiva, caxias. E aí, acaba que não te resta muita opção de lazer. Cinema certamente uma hora você vai acabar vendo todos de todos os cinemas, Feira do Paraguay (é uma feira de produtos importados, mentira, contrabandeados que vende tudo quanto é coisa, mas prefiro comprar pelo ebay) que uma hora enche o saco, principalmente depois de 4 anos, Parque da Cidade (que não tem porcaria nenhuma pra se fazer, além dos casais que não moram sozinho e vão lá para dar amassos, um parque sitiado por abelhas, um parque de diversões caríssimo e de uma estrutura extremamente insalubre e um perigo durante a noite). Não tem ônibus a noite, não tem um parque que as pessoas possam se encontram a noite sem medo de ser esquartejada ou assaltada, e também se alguém for beber, não tem como voltar pra casa, porque não existe ônibus a noite, não existe! Acaba que você querer fazer um programa romântico com o seu namorado se torna impossível, a não ser que você vá para o Pontão, que é longe de tudo e resolva tomar um vinho, e que quando estiver voltando pra casa, que também é longe, pare em uma blitz e tenha o carro apreendido. É tudo tão fora de mão, tão impossível de ser feliz. Olha, se você é podre de dinheiro, eu entendo que você se divirta aqui. Mas eu não sou, e não vejo porque o fato de'u ser mais rica me faria feliz. Sempre tive a mesma situação financeira em Belo Horizonte e fui feliz demais. O problema não sou eu, é essa merda de cidade.<br />
Onde já se viu pessoas não cumprimentarem as outras? Uma vez fui dar bom dia para o motorista do ônibus e ele me olhou torto. Eu fiquei sem entender aquela atitude. Será que eu fiz algo errado? Mas isso sempre foi normal para mim...<br />
Roupa. Ah, roupa... Roupa é um ótimo assunto nessa cidade. Não tem lojas! Loja só em Shopping, e é tudo caro. Quer comprar uma blusa normal? Só nas lojas de departamento... E se você não se veste bem, vão te olhar feio, muito feio, e vão te esnobar e te excluir. Igual Jardim de Infância. As pessoas daqui estagnaram no Jardim de Infância e acham isso super normal. Aqui não existe aquelas lojinhas gostosas e baratas do centro da cidade, que você compra sapatilha por vinte reais, blusinhas regatas por dez reais e bijuterias a preço de banana... Aqui o negócio é caro e injusto.<br />
Sem falar no aluguel sem noção. Tem gente que paga NOVECENTOS reais para morar em uma kitinete de VINTE metros quadrados, e se quiser comprá-la, custa em média, uns 250 mil reais. Eu tenho vontade de mandar tomar naquele lugar, mas não adianta. Com 250 mil reais eu compraria um apartamento todo arrumadinho no Serra ou em algum bairro bom de Belo Horizonte, e ainda sobraria dinheiro para uma pintura nova e se bobear uma entrada num carro. É inadmissível o valor que eles cobram para uma pessoa morar, uma qualidade de vida de merda, um apartamento que você nem tem onde pendurar as roupas limpas, mesmo porque nem máquina de lavar cabe. Eu não sei qual a patologia dessa cidade, talvez a demência em si, mas o que mais me convence é a sociopatia. A pessoa vem morar aqui bem normal, mas acaba ficando desnorteada com as condições, e isso pega. Se você quer ter ódio pela vida, venha para Brasília, aqui é o lugar.<br />
E olha, sinceramente, nunca fui tão infeliz desde que me mudei. Eu costumava ser uma pessoa mais viva, extrovertida e feliz com a vida, hoje sou mais amarga e cada vez mais triste. Gosto de chamar aqui de "Detrito Federal".<br />
E olha, pouco me importa se você idolatra e defende aqui, neste caso a sua opinião é insignificante.<br />
<br />Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-5775840508179936952012-06-16T18:44:00.001-07:002012-06-16T18:57:41.757-07:00O silêncio do meu olhar<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Teus olhos castanhos fitavam os meus a todo instante, a sutileza do seu afago era tão suficiente quanto a vontade do meu eu junto ao seu.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A harmonia da delicadeza entrava pelos cantos, sem medo e cerimônia.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me surpreendia. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As curvas da tua boca, tão sutis; inebriavam a minha alma no meu doce calar. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Senti o quão genuína eu conseguia ser.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Culpe a suavidade de seus olhos, a benevolência do seu ser, a espontaneidade de seus atos, o sorriso cheio de covas, o cabelo com cachos de sono, o pé branco da curva sinuosa, o corpo quente, as pintas distribuídas democraticamente pela tua pele e toda a sua essência. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Era inevitável gostar de você.</span>
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<br />
<br />Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-35352586288785579662012-05-16T21:04:00.000-07:002012-05-16T21:23:01.554-07:00Sonho<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Amanheceu frio, e meus olhos abriram conforme a minha alma, calma e genuína. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A janela semi aberta permitia a entrada de um vento gélido, lento como a tua respiração. Preferi não te acordar para observar cada detalhe da sua fisionomia amassada pelo travesseiro, os resmungos indecifráveis que só de perto eu podia escutar. Eu não tinha muita noção das coisas, muito menos experiência, mas era desnecessário questionar a mim mesma o que eu sentia naquele exato momento. Mas ainda era um segredo, que meus olhos não conseguiam esconder. Apesar da minha descrença perante a boa parte da vida, o silêncio do teu sono trazia confiança. A esperança nunca me abandonou, talvez tenha sido por isso que a ilusão também não teve coragem de tomar o rumo de casa e me deixar em paz, mas aprendi a tratá-la como uma mera conhecida, muito malvada por sinal. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Naquela hora não me interessava o quão esperançosa eu era, meu corpo já sentia saudade. É tudo tão simples e natural, e minha felicidade consistia em acordar com o seu 'bom dia' de cara amassada.</span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-20514697753283113842011-12-26T20:10:00.000-08:002012-05-01T20:39:13.459-07:00Prazer, Isabela.<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela era daquelas meninas que se apaixonavam no primeiro suspiro. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitos diziam que era para casar, mas coitada, por volta dos dezenove seria um desperdício.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tinha uma beleza pudica e simples, provida de um mistério. Ela mal sabia disso, mas deveria.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entregava seus desejos por amor, e para os outros, mesmo não sendo, ela fazia acontecer, era tudo questão de tempo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O problema maior eram suas expectativas que, por sua ingenuidade, todo aquele afeto tornava-se único. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela desconhecia das coisas passageiras e não adiantava tentar mudar, porque não há culpa em quem sabe gostar. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela esconde o choro, cobre os pés, encolhe na cama e questiona: "por que as coisas são assim?"</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É, Bela, é...</span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-455128109739856732011-12-18T16:39:00.000-08:002012-05-01T20:39:38.066-07:00Meu Interior<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ah, esses poucos anos de vida que carrego em meus olhos;</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Supridos de sensatez e amor. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acho que fui feita disso, entenda, por favor.</span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-77933255812992446242011-11-20T07:01:00.000-08:002012-05-01T20:40:09.247-07:00Pois bem.<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deixei de lado uma vontade ingênua</span><br />
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Querer entender o que passa ou o que passou </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não mais me convém</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É presente provido de silêncio</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desprovido de viver</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me calo em um canto onde a decepção dorme</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas dou bom dia à ela</span></div>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-7742866388503188652011-11-02T19:49:00.001-07:002012-05-01T20:40:45.414-07:00I'm a bird<a href="http://3.bp.blogspot.com/-nlO0KXlFupE/TrLzhEnGDBI/AAAAAAAABPE/-FFB0NiURIg/s1600/home_is_where_your_cat_is_by_babyheartdoll-d3kzw43_large.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5670862630311824402" src="http://3.bp.blogspot.com/-nlO0KXlFupE/TrLzhEnGDBI/AAAAAAAABPE/-FFB0NiURIg/s320/home_is_where_your_cat_is_by_babyheartdoll-d3kzw43_large.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 218px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sempre acreditei que por trás de qualquer ser humano existisse a pureza, e ainda acredito. Não vejo razão em tanto desprezo que muitos têm diante da expectativa, ela para mim, é somente um sinônimo mais bonito da esperança, com uma pitada de inocência. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que me resta? Eu e todos os sonhos que carrego dentro de mim, do meu pequeno corpo cheio de coisa para falar e viver.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me encantam tulipas vermelhas, o mar azul da Grécia, a rua iluminada por lâmpadas amarelas e um colo para deitar. As inúmeras coisas que jamais pessoas se interessarão, as placas dos carros e suas numerologias, a velhinha do prédio da frente que me dá bom dia, o sorriso da atendente da padaria, o jeito como a mãe dá a mão para o seu filho, o céu do entardecer, deduzir o que o pessoal do ônibus anda pensando; o que passa na vida de cada um. Gosto de ver as pessoas darem risada, do amanhecer gelado, de saber o que eu quero, de uma mensagem querida no meu celular, do cheiro de café, da barriga rosada do meu cachorro, da minha mãe cantando, de poder passar os meus pés na colcha temperada pela manhã. Gosto de gostar, de um gostar genuíno que só eu sei. Mas sabe do que eu mais gosto no fim das contas? De não ter medo de tantas vontades.</span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-49235950878188998022011-10-15T15:21:00.000-07:002012-05-01T20:41:36.068-07:00Inocência<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vZuXSeGXzFs/TpuQYl5SY1I/AAAAAAAABNY/dXQ0ElIM90Y/s1600/tumblr_lso47xzq1g1r1gvqzo1_500_large.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664279708512183122" src="http://2.bp.blogspot.com/-vZuXSeGXzFs/TpuQYl5SY1I/AAAAAAAABNY/dXQ0ElIM90Y/s320/tumblr_lso47xzq1g1r1gvqzo1_500_large.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 214px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Amanheceu. O sabiá emanava a manhã enquanto a neblina esvaia lentamente pelas árvores.</span><br />
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Teus olhos permaneciam fechados, contidos em uma singela harmonia.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim como o teu alento, o frio invadia a janela do teu quarto e teus pés procuravam um refúgio.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Relutei para levantar.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Era domingo, casa nova, o gato ronronando no canto da cama, você e nossa genuinidade. Finalmente.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span">Não fosse pelo nosso gato, Chico, eu acreditaria em um possível sonho. </span>Mas não, estávamos ali, na cama, com um monte de caixa de papelão na sala para organizar, a parede branca para pintar e o café para servir.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Longe do trivial, as coisas fluíam em um percurso admirável e o tempo exercia sua função de acordo com as nossas intuições.</span></div>
<div>
<span class="Apple-style-span"><br /></span></div>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-53684311489997263682011-10-06T19:06:00.000-07:002011-10-07T09:18:00.145-07:00Bom dia, empatia.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-xfVpmoqd4rg/To5raNLEEeI/AAAAAAAABD0/yFQ8CaPDSx8/s1600/young-couple-relaxing-during-woodstock-music-festival.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-xfVpmoqd4rg/To5raNLEEeI/AAAAAAAABD0/yFQ8CaPDSx8/s320/young-couple-relaxing-during-woodstock-music-festival.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660579879608127970" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Receio, era algo que eu queria, receio do que parece ser ínfimo ou do que realmente é importante, mas não tem coragem de sentir ou admitir. Jamais entendi essa realidade que paira na vida de uns, por isso sempre me lotei de perguntas intermináveis. Talvez seja a minha personalidade, de natureza impulsiva e passional. Não sei, eu disse talvez. Não entra na minha cabeça essa coisa de não aceitar o que você quer por causa disso ou por causa daquilo. É tão mais cômodo dizer sim, permitir, fechar os olhos, virar pro canto e lascar um sorriso. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Eu vivo em um mundo no qual as coisas são diferentes. Eu amo sem medo, amo demais, amo literalmente, sem dó e nem piedade. Amo como as coisas deveriam ser amadas, genuinamente. </span></span><span style="font-family:verdana;">Uns gostam, outros afastam. E o azar é deles</span><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">. As coisas só existem quando compartilhadas, e não são só coisas. Sou eu, você, ele, aquele ali sentado no ponto de ônibus. O que ele sente? Você está bem? Quer gritar? Essa saudade dói? Me diz, o que você quer? </span></span><span style="font-family:verdana;">Eu? Gostaria que as pessoas fossem mais profundas e reais, sem medo do que a natureza lhes permite. </span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Às vezes eu acho que é muito para o meu corpo habitar tanta empatia.</span><br /><span style="font-family:verdana;">Talvez eu tenha esses olhos grandes de tanto analisar as pessoas, suas fisionomias, olhares e gestos. Eu absorvo, penso, sinto, penso novamente e guardo bem ali no cantinho da minha cabeça. Meu único receio é de que as pessoas continuem assim, com medo de viver. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Mas eu espero.</span></span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-1323414916229027162011-02-09T12:23:00.000-08:002012-06-19T19:48:51.544-07:00HojeJamais imaginei que apesar de tantas decepções, mais uma seria leviana. Não foi. Parece que a ferida se torna mais sensível de acordo com a quantidade dos atos, mas só parece. Porque o indivíduo amadurece, porque ele cria maneiras de lidar com tal mágoa, porque ele aprende a pensar pelo outro e por si mesmo.<br />
Crescer dói, isso todo mundo já sabe, mas ninguém quer sentir dor, porque muitas vezes a dor moral é mais densa que a dor física. O corpo reage, a mente adormece.<br />
Tenho percebido a cada instante que convivo com as pessoas, que elas estão tão próximas, porém, completamente distantes. Não há interação e nem atitude. O medo é uma das fontes mais culpadas de toda essa consequência. Não é medo no sentido de fobia exacerbada, e sim de se machucar, medo das pessoas.<br />
Eu tenho medo, mas não deixo que ele tome conta de mim. Posso ser idiota a ponto de cometer erros, mas se expôr o que eu sou e o que sinto é ser idiota, ser idiota é delicioso. O grande problema é encontrar uma pessoa com a mesma concepção.Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-22295167301748645922011-01-09T13:46:00.000-08:002011-01-09T13:59:52.851-08:00Amar é normal"Só ama aquele de coração bom, aquele que gosta de dar, que ainda sorri largo e franzindo os ombros tipo criança. Ama só quem merece, quem procura e sabe que achou, quem não vê amar como uma coisa sublime e extraordinária, quem sabe o amor ao alcance das mãos, da boca, das costas, da nuca, dos pés. Ama quem provoca os olhos, as vontades, o sabor do outro. Porque amar é isso. Normal.<br /><br />Amar é sofrer choque térmico quando chega a hora de dar tchau, é implicar com o jeito do outro, brigar no meio da rua, pegar na mão e fazer as pazes ali mesmo. Amar é brincar de briguinha, é dizer que vai amar pra sempre, é dar beijos e cheiros em lugares estranhos em locais inadequados, é beber no mesmo copo. Todo amante se arrisca meio poliglota "amore mio", "mon amour", "meine liebe" ou "meu amor" mesmo.<br /><br />Amar é ouvir som de luz apagada, carregar na garupa, prestar os primeiros socorros, testar um óleo novo de massagem. Amar é beber milk shake de chocolate, alugar filme, cantar no chuveiro enquanto o outro escova os dentes, é dormir abraçadinho até mais tarde. Amar é não saber esperar, mas esperar mesmo assim. Amar é suspirar alheio, respirar ofegante, ter o peito encaroçado. Aquele que ama abusa do "inho". Benzinho, docinho, tigrinho, morzinho. Amar é dizer "fazer coisinha", mandar SMS de boa noite, escrever cartinha perfumada e todas essas idiotices gostosas.<br /><br />O olho reluz, a pele melhora, o corpo reage, o coração bate feliz. Amar é mandar, achar que manda, obedecer, fingir que obedece. Amar é fazer vitamina de banana com nescau, é dar bom dia espreguiçando as vértebras com os braços esticados, sorrindo envergonhado de remela nos olhos. Amar é dizer "vem cá", ter os pés aquecidos sem pedir, comemorar o dia do primeiro beijo, chegar da festa e comer pizza gelada. Só ama aquele que começa a falar pelo fim, que diz sim sem saber a pergunta, que discute o namoro sem lugar-comum.<br /><br />Ama quem sai na rua pra tirar fotos, pra ver estrela riscar o céu, pra pisar na grama descalço, pra pegar um cineminha na terça. Amar é perguntar "tá dormindo?", é descer do ônibus com o outro à espera, é cantar "she loves you yeah yeah yeah", é morder queixo, orelha, cotovelo, panturrilha, lábio. Amar é comer uma coisa diferente e lembrar o outro, é ficar de mal, é arrumar tempo pra pensar no outro na correria do dia.<br /><br />O cúmulo da saudade é amar. Você a sente mesmo estando juntinho. Amar é todas essas bobagens e muito mais. Amar é cotidiano. Amar é humano. Amar é instinto. Amar é necessário. Amar acontece. Amar é escrever. Pois gente, afinal, quem foi que começou que essa história de que amar não é uma coisa normal?"<br /><br />Autoria: Gabito NunesIsabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-88103790545073648822010-12-27T08:20:00.000-08:002010-12-27T09:50:10.851-08:00Bom dia, flor do dia! III<span style="font-family:verdana;">"Querido diário, aconteceu um milagre, estou de férias! Minhas aulas voltam apenas em Fevereiro, e agora vou poder visitar a minha família. Victor vai pra Ouro Preto comigo, ou seja, minhas férias caminham para a perfeição. Até o Chiconildo vai! Espero que ele aguente as 7h de viagem, a não ser que a estrada esteja vazia... O que eu duvido! Esse pessoal aqui do litoral cansa de praia e inventa de ir pro interior pra acordar às 6h da manhã e apertar tetas de vaca para voltar e dizer que tirou leite. Grandes coisa. Desde criança quando eu e papai íamos para o sítio lá em Divinópolis, a gente passava as férias lá, cuidando da única vaca que nos dava leite, a Nina. Mas era uma vaca bonita que só. Gordinha, dona de um leite divino! Tão mansa que era mãe dos cachorros que apareciam lá no sítio, sem qualquer preconceito. Papai me disse que tinha domingos que eu me sentava na cerca e contava histórias para Nina dormir. Vê se pode o nível do meu depravamento... Como se diz: "Contar história para boi dormir", só que nesse caso era uma vaca. Quase...<br /><br />Divinópolis era gostoso de se morar, a vovó era amiga da Adélia Prado, grande escritora e um amor de pessoa. A neblina cobria as colinas que envolviam o nosso sítio, o cheiro de café invadia as minhas narinas e papai tocava violão para a mamãe. Era amor demais. Eu os observava pela rede, no vai e vem do balanço, e cada ida era uma troca de sorrisos entre eles.<br /><br />Terça era dia de colheita, eu pegava as minhas botinhas de borracha e me juntava com o pessoal. Tinha vez que eu fazia a felicidade das galinhas e arrancava alguns pedaços de couve e as alimentava escondido. Era cada pé de alface mais verde que o outro, e cada tomate de dar água na boca, nos olhos e em qualquer outro lugar. Eu quis plantar papel, com o objetivo de que nascesse mais para que eu pudesse desenhar. Os papéis de desenho tinham acabado, e quando desenhei no jornal do papai recebi um tremendo torra. E quem disse que nasceu?<br /><br />Do alto do telhado dava pra ver o trem passar e eu passava horas contando quantas vacas nossos vizinhos colecionavam. E não eram só vacas. Haviam cavalos, uns mirrados a ponto da bacia aparecer. O córrego que passava entre o nosso sítio e o do vizinho era tão límpido que dava vontade de tomar banho ali mesmo. Mas o frio de Junho não nos permitia tal audácia.<br />Nessa época, papai ficava pouco tempo conosco, nos deixava no sítio e ia pra faculdade dar aula até sexta-feira, quando acabava, pegava a estrada e vinha nos fazer companhia. Mamãe morria de saudades dele, tão frágil, que quando eu entrava no seu quarto sem bater, a encontrava encolhida na cama com os olhos tristes... me juntava a ela e contava uma história, pra ver se ela despertava algum sorriso que pudesse me confortar. Amanhecia e a tristeza tinha ido embora, todo dia era dia de alegria.<br />Vovó ficava até tarde costurando, dessa vez era um vestido, e pra mim! Azul!"<br /><br />Azul... eu preciso do meu vestido azul para viajar! Chico, o que você está fazendo?<br />- Miaaaaaaaaau!<br />- Ô menino, vem aqui!<br />- Miu...<br />- É né, com o rabo entre as pernas! Você é um gato, não um cão! Seu bobo! Que é isso dentro da sua boca? Meu chocolate? Gordo! Gordo!<br />- Minhau.<br />- Parece gente...<br /><br /></span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-25445292118708409842010-12-26T18:46:00.000-08:002010-12-26T18:51:34.561-08:00A sósSensores, meus dedos contornam tuas curvas feito sensores.<br />Tuas pernas retraídas, impulsos que respondem.<br />Tu solicitas a mim mais uma dose. De pronto, faço sinal de positivo<br />com um sorriso meio termo. O teu cabelo esvoaçante embala<br />minhas doses de adoração a um sentimento que emana da tua carne,<br />à medida que teus suspiros distorcem meus pensamentos,<br />à medida que o espelho da sala de estar reflete a sombra<br />de dois corpos dispostos a mover a parede azul feita com esmero.<br />Teu modo ingênuo de portar-se cobre meu jeito misterioso de agir.<br />A cada enlace, teus pés parecem mais distantes do chão.<br />Tuas mãos suadas me tocam, tua fragrância é um convite à luxúria,<br />e meu medo de te fragilizar é queimado com o calor do teu corpo.<br /><br /><br />(Como posso me esquecer desse texto? É inadmissível...)<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> <w:usefelayout/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> 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No entanto, não há como negar que esse vazio conceitual se deva à dificuldade de expressão do amor no mundo contemporâneo. Com o desaparecimento das sociedades tradicionais, cujos costumes envolviam fortes relações entre as pessoas nos centros urbanos muito populosos criou-se o fenômeno da "multidão solitária": as pessoas estão lado a lado, mas suas relações são de contiguidade, seus contatos dificilmente se aprofundam, tornando-se mais raro o encontro verdadeiro.<br />(...) Ora, a busca de prazer imediato e a recusa em suportar frustrações são comportamentos que não se conciliam com o delicado trabalho de uma relação amorosa, a ser construída ao longo da convivência estremeada. Além disso, no mundo da satisfação imediata, do prazer aqui e agora, o desejo das emoções fortes substitui os amores ternos cuja intensidade passional certamente se atenua com o tempo, pois a paixão é fugaz por natureza. É bem verdade que se o amor se funda no compromisso e se as pessoas cada vez mais têm medo da dor, do sofrimento, do risco de perda, o que resulta são as relações superficiais, os "amores breves".<br /><br />Melhor definição que já li sobre a realidade dos relacionamentos.<br />Fonte: Filosofando (Introdução à Filosofia, página 338)Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-71562300508161013722010-10-12T19:30:00.000-07:002010-11-24T18:26:20.834-08:00Alvaacordar<br />abrir os olhos<br />saber<br />sentir<br />entender<br />cinco verbos<br />um sentimentoIsabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-31731648826354053572010-09-08T17:24:00.000-07:002010-09-08T18:34:32.064-07:00Bom dia, flor do dia! II<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_XZWPDexY8UA/TIg4hnRoHEI/AAAAAAAAA-E/Y6_TpgRoDWs/s1600/965-1239016391pqSK.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 180px; height: 200px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_XZWPDexY8UA/TIg4hnRoHEI/AAAAAAAAA-E/Y6_TpgRoDWs/s200/965-1239016391pqSK.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514719893844925506" border="0" /></a><br /><span style="font-family:verdana;">Chico, pára de morder o meu dedão, por favor, não são nem 6h. Ou são? Se você tá me mordendo é porque você quer ir pra varanda e já são mais de 6h30. Ai, céus! Esqueci de recarregar a bateria do meu celular, e acabei perdendo a hora. No momento estou no banho, e se não me engano, são 09h36. Era para eu estar dentro da sala de aula há 2h atrás. Eu não deveria nem estar tomando banho, mas o Chico dormiu em cima da minha cabeça durante a noite. Ele tem medo da chuva, e quando chove, a única salvação é o meu travesseiro e o cheiro do meu cabelo. Pobrezinho, não é?<br />Até que hoje o dia está mais fresquinho, quando acordei, abri a porta da varanda e bateu um vento doce. O mar está brilhando, azul que só. Bem que eu poderia matar aula hoje e dar uma bronzeada no meu reluzente corpo albino.<br />Bobeira minha, sexta-feira que vem vou pra casa do Victor, e o mar de lá é bem mais gostoso que o de Ipanema. Pronto. Não vou secar o meu cabelo, não dá tempo e ainda tenho que abastecer o carro.<br />- Chico, fica bem que a mamãe já volta, até a noite.<br />- Miu.<br />- Não, pára com isso, não mia desse jeito que eu morro de dó e você sabe. É gracinha, você sabe e faz isso pra me provocar. Safado! Tchau, coisa.<br />- Mau...u<br />(Fechei a porta)<br />Ah, ótimo, adoro quando o elevador resolve ficar no 18º quando eu moro no 5º. Descer as escadas? Ah, mas nem pensar, estou super cheirosa, e me recuso chegar na aula fétida e suada.<br />Dois minutos esperando essa pocilga, eis que chega e encontro com a Dona Bruna, uma senhora do 11º, tão doce que dá vontade de adotar. Ela lembra muito a vovó, a voz mirrada e um sorriso revigorante.<br />- Bom dia, Dona Bruna! Como vai a senhora?<br />- Olá minha querida, vou muito bem, e você? Atrasada?<br />- É, esqueci de ativar o despertador. Estou super atrasada. Como vai o Delfino?<br />- Entendo. Delfino está ótimo, melhorou da gripe, e me pediu que te agradecesse pela atenção e as indicações dos remédios.<br />- Ah, que ótimo, Dona Bruna, fico feliz!<br />- Eu é que fico, muito obrigada. Bom, vou descer no Térreo, hoje é dia de feira. Um bom dia pra você, Manuela.<br />- Obrigada Bruninha, pra senhora também! Não quer uma carona?<br />- Não, querida, se eu não dou uma caminhada todos os dias, minha coluna fica dolorida. Obrigada!<br /><br />Ela é uma graça, outro dia foi até lá em casa levar um bolo de cenoura para mim e um biscoito pro Chico. Vê se pode um mimo desses? Desde que me mudei para esse prédio conheço a Dona Bruna e o Delfino. São casados há 61 anos e têm quatro filhos, duas mulheres e dois homens. As filhas moram no Rio de Janeiro, mas sei que um dos filhos mora na Alemanha, já o João mora em uma cidade lá no Rio Grande do Sul, resolveu criar gado, plantar soja e viver disso. E vive bem.<br /><br />(Amanhã eu continuo)<br /><br /><br /><br /><br /></span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-8908842857676861712010-09-07T15:19:00.000-07:002010-09-07T21:49:56.265-07:00Bom dia, flor do dia!<span style="font-family:verdana;">De acordo com as minhas expectativas, estava tudo dando certo, mais do que deveria. Era eu, aos meus incompletos vinte e três anos, no sexto semestre de Medicina. Era algo que eu planejara para a minha vida, terminar meu curso com vinte e cinco anos, daí eu poderia me mudar para Búzios e ir morar com o meu namorado, ou até mesmo o contrário. Namoramos desde meus dezoito anos, já faz um bom tempo que estamos juntos, entre brigas e lágrimas, nenhuma distância conseguiu nos atrapalhar. Creio eu que isso seja bastante raro nos tempos de hoje, muita gente não consegue manter a necessidade de suprir tais vontades, não que eu não tenha também, mas isso varia de pessoa pra pessoa. Eu e Victor nos encontramos duas vezes por mês, eu pego o carro e vou lá passar o fim de semana, depois de duas semanas ele faz o mesmo. Isso é realmente algo que facilita, não só o veículo, como também a liberdade.</span><br /><span style="font-family:verdana;">Queria ter filhos, mas sei que como médica, isso só será possível daqui alguns sete anos, e espero ainda estar junta dele, porque não vejo outra pessoa mais qualificada para ser pai do que ele. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Moro com o Chico, meu gato, você precisa conhecê-lo, é daqueles bem gordos e folgados, que só sabem comer e defecar, tem uma pelagem branca e os olhos amarelados, um doce que só você vendo. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Mia quando quer carinho, e ronrona quando necessita dormir, e só dorme se for junto, senão vai miar a noite inteira. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Minha família toda mora em Ouro Preto, uma cidade bem perto de Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde só existem subidas e descidas, se quer exercitar as coxas, lá é o lugar ideal. Tem uma comida mineira deliciosa e um clima gélido adorável, além da arquitetura rústica e do comércio, aparantemente pacato, porém, bastante caro.</span><br /><span style="font-family:verdana;">Morro de saudade deles, principalmente da minha avó de noventa e três anos, que provavelmente ainda continua pintando quadros maravilhosos e fazendo cachecóis de lã lindos! Ela e minha mãe têm uma loja na cidade, onde são vendidos os chachecóis, alguns quadros da vovó e roupas que minha mãe compra em Belo Horizonte e revende. Meu pai dá aula na UFOP, a Universidade de Ouro Preto, ele dá aula de Clínica Cirúrgica e outras matérias que ele certamente vai me tirar algumas dúvidas. </span><br /><span style="font-family:verdana;">Eu gostaria de ter estudado na minha cidade natal, junto à minha família, mas não passei no vestibular. Estudei como uma louca e passei na UERJ e amo o meu curso, amo.</span><br /><span style="font-family:verdana;">Victor mora pertinho, mas mesmo assim a saudade é grande, ele já é formado e trabalha em um escritório de advocacia desde o começo do ano.</span><br /><span style="font-family:verdana;">Se ele continuar trabalhando no escritório até eu me formar, pode ser que ele venha morar comigo e até lá ele consegue passar em algum concurso público aqui no Rio. Seria demais, o Chico ia adorar, né Chiquito?</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">(Eu não sei aonde esse conto vai acabar, mas essa é a primeira parte, espero que eu consiga escrever a segunda. Beijos.)</span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-70205523833707656762010-08-18T16:53:00.000-07:002010-08-18T17:02:16.555-07:00Alento<span style="font-family:verdana;">Eu quero a minha mãe, o cheiro dela, a companhia dela.<br />Quero a minha irmã, cheia de manias como as minhas.<br />Quero a minha sobrinha, dar a mão pra ela na hora de dormir e continuar sendo a melhor tia<br />do mundo.<br />Não quero mais fazer o que vim fazer aqui, não aguento, sim, sou fraca e desisto.<br />Crescer é aos poucos e não por impulso.<br />Eu quero voltar, preciso de amor.<br /><br /></span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-35835828873123768692010-08-15T20:45:00.001-07:002010-08-15T20:45:56.553-07:00Segundo Vinicius de Moraes...<span style="font-family: verdana;">Se o que se quer é a boa esposa</span><br /><span style="font-family: verdana;"> A aquariana pousa.</span><br /><span style="font-family: verdana;"> Se o que se quer é uma outra coisa</span><br /><span style="font-family: verdana;"> A aquariana ousa.</span><br /><span style="font-family: verdana;"> Se o que se quer é muito amor</span><br /><span style="font-family: verdana;"> A aquariana</span><br /><span style="font-family: verdana;"> É a mulher macho sim senhor.</span><br /><span style="font-family: verdana;"> Porém não são possessivas</span><br /><span style="font-family: verdana;"> Nem procuram dominar</span><br /><span style="font-family: verdana;"> Ou são meigas e passivas</span><br /><span style="font-family: verdana;"> Ou botam para quebrar.</span>Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-1630729138869652812010-08-09T18:36:00.001-07:002010-08-10T05:15:37.265-07:00O post é antigo, mas eu gosto muito dele. (Enredo)Eu me seguro, diante de impulsos, meu instinto dói só de imaginar, e sussurra um talvez.<br />Naquele meio tempo, no intermédio da madrugada, cobri os olhos com intenção de esquecer que eu continuava ali.<br />Aquele banho quente avermelhava minha pele, era cedo para uma sexta, tarde para um começo de sábado.<br />Inocente em esperar, sem compreender ou ao menos tentar, essa sou eu.<br />Sentei no mármore do box e esperei as palavras me tocarem como as gotas que caiam, eu queria uma sensação diferente, desnorteada daquele instante, tomada por um suave compreendimento da minha situação.<br />E não impedimento, porque disso eu já estava exausta.<br />Eu realmente desejava mais, desejava que tudo durasse sem um devido prazo, e que eu fosse um pouco maior.<br />Eram tempos iguais em diferentes locais, quisera eu deixar em segredo, mas fora quase impossível, eu disse em voz baixa, para mim mesma.<br />E soneguei a vontade, o desejo de presença.<br />Ainda desconfio da minha capacidade, minha intimidade, toda a falta de jeito, tanta inerência contornando tais passagens que deixei sem saber.<br />Muito aconteceu.<br /><br />E anseio por uma reação.<br />Que é mais que um segredo.Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5336335666151421296.post-58001499698505803292010-08-08T12:14:00.000-07:002010-08-08T12:15:09.811-07:00Age of Aquarius<strong style="font-family: verdana;">Domingo, 8 de agosto de 2010 </strong><br /><br /><!--- TEXTO --> Alguns de seus planos para o futuro podem sofrer algumas alterações não necessariamente negativas. Esta é uma fase mais delicada de revisão de valores, especialmente os espirituais e filosóficos. Mantenha-se equilibrado para fazer escolhas acertadas.Isabela Seabrahttp://www.blogger.com/profile/14369672960810624113noreply@blogger.com1