segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Prazer, Isabela.

Ela era daquelas meninas que se apaixonavam no primeiro suspiro.
Muitos diziam que era para casar, mas coitada, por volta dos dezenove seria um desperdício.
Tinha uma beleza pudica e simples, provida de um mistério. Ela mal sabia disso, mas deveria.
Entregava seus desejos por amor, e para os outros, mesmo não sendo, ela fazia acontecer, era tudo questão de tempo.
O problema maior eram suas expectativas que, por sua ingenuidade, todo aquele afeto tornava-se único.
Ela desconhecia das coisas passageiras e não adiantava tentar mudar, porque não há culpa em quem sabe gostar.
Ela esconde o choro, cobre os pés, encolhe na cama e questiona: "por que as coisas são assim?"


É, Bela, é...