Amanheceu. O sabiá emanava a manhã enquanto a neblina esvaia lentamente pelas árvores.
Teus olhos permaneciam fechados, contidos em uma singela harmonia.
Assim como o teu alento, o frio invadia a janela do teu quarto e teus pés procuravam um refúgio.
Relutei para levantar.
Era domingo, casa nova, o gato ronronando no canto da cama, você e nossa genuinidade. Finalmente.
Não fosse pelo nosso gato, Chico, eu acreditaria em um possível sonho. Mas não, estávamos ali, na cama, com um monte de caixa de papelão na sala para organizar, a parede branca para pintar e o café para servir.
Longe do trivial, as coisas fluíam em um percurso admirável e o tempo exercia sua função de acordo com as nossas intuições.