quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hoje

Jamais imaginei que apesar de tantas decepções, mais uma seria leviana. Não foi. Parece que a ferida se torna mais sensível de acordo com a quantidade dos atos, mas só parece. Porque o indivíduo amadurece, porque ele cria maneiras de lidar com tal mágoa, porque ele aprende a pensar pelo outro e por si mesmo.
Crescer dói, isso todo mundo já sabe, mas ninguém quer sentir dor, porque muitas vezes a dor moral é mais densa que a dor física. O corpo reage, a mente adormece.
Tenho percebido a cada instante que convivo com as pessoas, que elas estão tão próximas, porém, completamente distantes. Não há interação e nem atitude. O medo é uma das fontes mais culpadas de toda essa consequência. Não é medo no sentido de fobia exacerbada, e sim de se machucar, medo das pessoas.
Eu tenho medo, mas não deixo que ele tome conta de mim. Posso ser idiota a ponto de cometer erros, mas se expôr o que eu sou e o que sinto é ser idiota, ser idiota é delicioso. O grande problema é encontrar uma pessoa com a mesma concepção.