domingo, 26 de dezembro de 2010

A sós

Sensores, meus dedos contornam tuas curvas feito sensores.
Tuas pernas retraídas, impulsos que respondem.
Tu solicitas a mim mais uma dose. De pronto, faço sinal de positivo
com um sorriso meio termo. O teu cabelo esvoaçante embala
minhas doses de adoração a um sentimento que emana da tua carne,
à medida que teus suspiros distorcem meus pensamentos,
à medida que o espelho da sala de estar reflete a sombra
de dois corpos dispostos a mover a parede azul feita com esmero.
Teu modo ingênuo de portar-se cobre meu jeito misterioso de agir.
A cada enlace, teus pés parecem mais distantes do chão.
Tuas mãos suadas me tocam, tua fragrância é um convite à luxúria,
e meu medo de te fragilizar é queimado com o calor do teu corpo.


(Como posso me esquecer desse texto? É inadmissível...)

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